O Agro Brasileiro em 2024: Uma Potência Econômica e Estratégica

10 de julho de 2024
3 min

Responsável por aproximadamente um terço do Produto Interno Bruto (PIB), um terço dos empregos gerados e mais de 50% das exportações do Brasil, o setor agro não é apenas uma atividade econômica, mas uma força colossal que transcende a agricultura tradicional. A procura de redução de custos e maior produtividade estão em pauta para 2024.

Conceitos entre o Agronegócio e Agricultura

Embora frequentemente confundidos, agricultura e agro possuem conceitos diferentes. A Agricultura refere-se especificamente à produção de produtos agrícolas como manga, frango, mandioca, soja e milho. Por outro lado, o Agronegócio abrange toda a cadeia produtiva, desde a produção agrícola até a indústria, distribuição e serviços correlatos, incluindo sementes, fertilizantes, defensivos agrícolas, máquinas agrícolas, alimentos processados, estabelecimentos gastronômicos e serviços de transporte. O Agronegócio engloba as empresas que fornecem produtos para os agricultores, como sementes, fertilizantes, defensivos, máquinas agrícolas, além de estabelecimentos gastronômicos e serviços de transporte.

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A Importância do Agro na Economia Nacional

O Agro não apenas integra, mas lidera a economia brasileira. Representando cerca de um terço do PIB nacional e um terço dos empregos gerados, além de ser responsável por mais de 50% das exportações do país, o setor agrícola não pode ser subestimado em sua relevância estratégica. O Brasil, que há algumas décadas era importador líquido de alimentos, hoje se destaca como um dos maiores exportadores globais.

Desafios e Riscos

Os Aspectos menos conhecidos no Agronegócio, apesar de suas conquistas, enfrentam desafios significativos.

O cultivo é uma atividade de alto risco, exposta a variáveis naturais imprevisíveis como eventos climáticos extremos, pragas e doenças. Para mitigar esses riscos, os produtores frequentemente dependem de insumos químicos, não por escolha, mas por necessidade para proteger seus investimentos.

Transformação do Brasil de Importador para Exportador

Uma das mudanças mais marcantes nas últimas décadas foi a transição do Brasil de importador para exportador de alimentos e tecnologias. Atualmente, o país lidera globalmente nas exportações de diversos produtos agrícolas, incluindo soja, açúcar, café, suco de laranja, carne bovina, carne de frango, milho, celulose e fumo. Esta conquista é resultado da competitividade, inovação e sustentabilidade alcançadas pelos empresários e pesquisadores do setor.

Setor Agrícola Brasileiro

Um Pilar Fundamental da Soberania Nacional além de seu impacto econômico, o setor agrícola brasileiro desempenha um papel crucial na soberania nacional. O setor não é apenas um motor econômico, mas também uma garantia de segurança alimentar e estabilidade econômica para o país.

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Fatos e Ficções sobre o Setor Agrícola

O impacto ambiental do setor agrário, a implementação de inteligência artificial no setor e estratégias de investimento em fusões e aquisições com AgriTechs (startups inovadoras do setor agrário) se tornou parte importante para o crescimento e produtividade do Setor. Em resumo, o Setor Agrícola brasileiro não se resume à sua produção; é uma força multifacetada que impulsiona a economia, promove a inovação e assegura a sustentabilidade. Compreender sua complexidade é essencial para valorizar seu impacto transformador não apenas no Brasil, mas globalmente.

Agro em Números

De acordo com os dados do IBGE, o setor agropecuário brasileiro registrou um superávit acumulado de US$ 32,23 bilhões no primeiro trimestre deste ano, marcando um aumento de 2,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. As exportações totalizaram US$ 36,83 bilhões, enquanto as importações alcançaram US$ 4,60 bilhões, representando incrementos de 2,9% e 3,7%, respectivamente, em relação a 2023. Considerando todas as categorias de produtos, o saldo da balança comercial no primeiro trimestre foi superavitário em US$ 19,08 bilhões, o que representa um acréscimo de US$ 3,47 bilhões em comparação ao ano anterior.

Em termos de participação, as importações do setor agropecuário responderam por 7,78% do total importado pelo Brasil no primeiro trimestre de 2024, mantendo-se estáveis em comparação ao mesmo período anterior. Da mesma forma, a fatia do setor nas exportações totais entre janeiro e março deste ano registrou uma leve queda de 0,13 ponto percentual, chegando a 47,06%.

Quanto ao saldo da balança comercial específica do agro, observou-se uma recuperação significativa em março em comparação à estabilidade verificada nos meses anteriores. Em janeiro e fevereiro, o setor apresentou superávits de US$ 9,83 bilhões e US$ 9,99 bilhões, respectivamente. Já em março, o saldo comercial atingiu US$ 12,42 bilhões. Apesar deste aumento, o superávit mensal foi 13,3% inferior ao registrado no mesmo mês de 2023, indicando um início do período de maior atividade comercial para os próximos meses.

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Carlos Andriolli (Rei do Agro)
Conhecido como “REI DO AGRO”, especialista em soluções de energia e financiamentos para o agronegócio, onde atua como Coordenador de Vendas há oito anos na área de Energia Renovável.

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